A Lua e o sentir
- Alquimia Tarot
- 6 de set.
- 2 min de leitura

A lua é um dos símbolos mais antigos da humanidade, e sempre exerceu um grande fascínio sobre nós. Desde a antiguidade ela é vista como a guardiã dos mistérios, sempre muito ligada ao feminino, à fertilidade e as marés invisíveis de nosso inconsciente.
Há quem acredite que ela não passe de um satélite frio, girando ao redor da Terra. Mas quando a noite cai e sua presença ilumina o céu, fica difícil acreditar que ela não exerça algum poder sobre nós. Afinal se ela é capaz de mover oceanos com sua força gravitacional, por que não moveria as marés mais sutis dentro de nós?
Nossas emoções são como as águas: às vezes calmas, ás vezes revoltas. Há momentos em que somos lago sereno, refletindo tudo ao redor com clareza. Em outros, nos tornamos mar aberto, onde qualquer vento se transforma em onda. E assim a lua aparece como um lembrete sutil de que assim como o mundo, nós também somos feitos de ciclos.
Na lua nova sentimos um chamado ao recolhimento, como se fosse um tempo para mergulharmos fundo em nossas águas para semear o que ainda não tem forma. Conforme ela cresce, algo em nós também se expande, surgindo a vontade de agir, de construir, de navegar rumo ao que desejamos. Então em sua fase cheia tudo transborda em um tempo de intensidade, de noites longas e corações inquietos. Quando a lua começa a minguar, percebemos que somos convidados a soltar o peso, esvaziar o barco e deixar que a corrente leve o que já não serve mais.
No Tarot, a Lua é um arcano que nos pede para confiar em nossos instintos quando as coisas não estiverem muito as claras. Costuma aparecer quando estamos vivenciando um momento confuso, e por isso mesmo nos convida à autoconfiança, a expressão, e percepção de nossa capacidade instintiva de adaptação ao meio.
Proponho aqui um exercício de reconexão: Na próxima lua nova, anote o que está a vivenciar. Observe o signo em que a lua se encontra no dia 1 da fase nova. Anote. Observe então quando será lua cheia no mesmo signo, e então nessa data (em média seis meses depois), retorne às anotações que fez e perceba as correlações em sua própria experiência de vida.


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